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في بيتنا المتجمّد ..
غسلني الوقت الغارق في حزني النبيل ..
وصمتي البليغ ..
وانتظاري الملول الذي لم يقتله ( ورق اللعب )
في بيتنا ..
جسدي غرفة مُغلَقة ..
وألوان من الدُمى
تنتظرني بيدين باردتين
تتمايل كرقصاتي ..
بنطنطاتٍ تطاردني
عبرّ النوافذ العتيقة صمتها بلا شفتين
كأسفار التكوين المزيفة تمّ حياكتها
في بيتنا ..
أحاول الارتخاء ، ودخول الحلم والتخييل ، لكن دون جدوى
– حياتي نَفسٌ مركّبٌ على نَفَس –
تأبى أن تمنحني المأوى
في جيب فم الحياة ..
فم الحياة طاحونة لا تتوقّف
تسعى إلى قتلي متلبسةً بوقتي ،
وتدّعي البراءة ..
ألوذ بشالٍ من الغيم المطرّز بأطياف
يشبه أمّي ..
مسكونة باليقظة، والنظرة المنكسرة ،
والحركة النزّقة لأصابع يدها المحفوفة بالرِقّة
– لأبصر في داخلي طائراً
مثل قلبي تمزّق
ليتني بقيت في عتمتي،
ورأسي في علبة كبريت
” كرمّانةٍ للغروب المعذّب
مرّ ومضاً ”
هأنذا ..
في بيتنا المتجمّد ..
نسيت صورتي من فرط حرارة ضحكتي المُظلمة ،
وتساقطت الأشكال من أزرار ملابسي مقاطع من تكوينٍ منسي ، عطشى لمياه الحياة ..
وحيدة في الغرفة .. !
اللوحة للفنان البلجيكي
” رينيه ماغريت ”
بقلم فوزية أوزدمير
ترجمة إلى البرتغالية: تغريد بو مرعي
Tradução para Português: Taghrid Bou Merhi
Na nossa casa congelada…
Fui lavado pelo tempo afogando em minha nobre tristeza..
E meu silêncio eloquente…
E minha espera o tédio que não o matou (as cartas) em nossa casa..
Meu corpo é uma sala fechada.
E cores das bonecas
me espera com mãos frias
Balanca como a minha dança ..
com saltos me perseguindo
pelas velhas janelas seu silêncio sem lábios
Como os livros falsos de Gênesis foram tecidos em nossa casa..
Eu tento relaxar, sonhar e fantasiar, mas sem sucesso
– Minha vida é uma alma composta por um sopro –
Recusa a me dê abrigo
no bolso da boca da vida..
A boca da vida é uma moagem que não para
Tentando me matar com meu tempo,
E ela alega a inocência…
Refugie-se em um xale das nuvens bordado com espectros
parece minha mãe..
cheia de vigilância, e um olhar quebrado,
E o movimento fluido de seus dedos delicados
Para ver um pássaro dentro de mim
Como meu coração está rasgado
Eu gostaria de estar no meu escuro
E minha cabeça está em uma caixa de fósforos
” Como uma romã para o por do sol atormentado
passa como um flash
Aqui está…
Na nossa casa congelada…
Esqueci minha foto do calor da minha risada sombria,
E as formas caíram dos botões de minhas roupas, clipes de uma composição esquecida, sedentos pelas águas da vida.
Sozinha no quarto..!
Pintura do artista belga
“René Magritte”
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